A casa encontra-se em um bairro não consolidado nos arredores de Rosario. A paisagem apresenta o caráter rural da planície pampa, com campos de cultivo e chácaras junto a naves industriais e sucessivos fornos de tijolos criollos (denominados assim por sua técnica tradicional de sua elaboração manual com barro cozido e a economia de recursos).
O projeto responde ao pedido de uma casa de chácara compacta, encostada sobre a lateral sul com o objetivo de captar a luz solar em toda sua extensão, e deixar livre a maior quantidade de parque. O desenvolvimento morfológico parte de um volume submetido a operações de cortes e subtrações. Define-se a geometria a partir das orientações, entradas de luz e visuais desejadas.
O térreo, destinado ao uso comum de reuniões, cresce em altura com uma cobertura inclinada até o segundo nível, criando um espaço de pé direito duplo. O andar mais alto, corresponde ao uso íntimo dos dormitórios, avança até o fundo do terreno para gerar por baixo da galeria o setor da churrasqueira com relação com a piscina.
O tijolo é escolhido por seu baixo custo e o aspecto rustico de seu acabamento. Este material define morfologia, textura e modulação. Adota-se uma alvenaria portante de parede dupla com uma trava composta por uma fileira de tijolos apoiados em prancha, e uma fileira apoiada no canto. Este tipo de padrão permite possibilidades para a modulação de encontros entre partes, a altura de degraus, as espessuras das lajes, o tamanho das aberturas para a entrada de luz e o lugar de alojamento de luminárias. O tijolo aparece também como acabamento sobre a cobertura inclinada e como encofrado perdido nas galerias.
A casa pretende adicionar uma pilha de tijolos na paisagem.
Área projeto: 122 m2 cobertos – 76 m2 semicobertos